segunda-feira, 20 de junho de 2011

Domingo Junino



Em pé de cachimbo, mão de sanfoneiro e aroma de quentão
A tarde se foi pra nunca mais
O sol se foi pra amanhã.
A notícia driblada pelo esperado-acalentador martelou,
Virou luz, riso, milonga e vanerão.
Virou felicidade que foi-se embora
Virou também um baião.
Virou um choro que secou pelo vento
Que levou todos os prantos de hoje ao tempo
Que não é de ninguém.
Nem de Deus, pois Ele quis assim.
Um domingo longe dos meus pais
Mais perto do meu país
Do sul que não conheço
Mas sul que sabe de mim.
Dum dia de música ao fim de um vida musical
Um adeus que doerá sempre em alguém
A Deus que regerá tudo sempre, amém.
Um domingo que cruzou fronteira com a Argentina
Um domingo de morte, vida e Coralina.

Caio M. (20.06.2011 - 2:50)